A Importância da Diversidade Alimentar
A importância da diversidade alimentar: como variar a sua alimentação para uma nutrição equilibrada
Na procura por uma alimentação mais saudável, muitos acabam por escolher dietas mais restritivas ou limitadas. Embora algumas escolhas alimentares possam ser benéficas para a saúde, a chave para uma nutrição equilibrada a longo prazo está na diversidade alimentar e no equilíbrio.
Cada alimento é composto por um conjunto de nutrientes que contribuem para certas funções específicas no corpo.
A ingestão de uma alimentação variada é determinante para garantir um bom aporte de todas as vitaminas, sais minerais, proteínas, gorduras saudáveis e fibras, necessárias para o bom funcionamento do organismo. A falta desta pode resultar em deficiências nutricionais, mesmo quando a ingestão calórica total parece ser adequada.
Como garantir diversidade na dieta?
1. Varie as fontes de proteína
A proteína é fundamental para a construção e reparação dos tecidos corporais, além de desempenhar um papel importante no sistema imunitário.
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Proteínas animais: ovos, peixes, aves, carnes magras, leite e derivados (iogurte, queijo)
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Proteínas vegetais: leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), tofu, tempeh e seitan
2. Consuma diferentes tipos de frutas e legumes
Os hortofrutícolas são fontes riquíssimas de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes.
Cada cor representa a presença de compostos bioativos específicos, como flavonoides, carotenoides e outros fitonutrientes que têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
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Frutas: varie entre cítricas (laranjas, limões), frutos vermelhos (morango, framboesa), tropicais (manga, abacaxi), e as mais comuns como maçã, pera, banana
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Legumes: aposte em diferentes cores, como os verdes-escuros (espinafres, couve, brócolos), laranja (cenoura, abóbora), roxos (beterraba, beringela) e vermelhos (tomate, rabanete)
3. Escolha grãos integrais em vez de refinados
Os grãos e cereais integrais oferecem mais nutrientes e fibra do que os refinados.
A fibra é essencial para o bom funcionamento do trato gastrointestinal e para a manutenção da saciedade.
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Exemplos: arroz integral, aveia, quinoa, trigo sarraceno, centeio, amaranto e cevada
4. Inclua gorduras saudáveis
As gorduras têm um papel fundamental na regulação hormonal, no fornecimento de energia e na absorção de vitaminas lipossolúveis.
O ideal é optar por gorduras boas, como:
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Azeite de oliva, abacate, oleaginosas (amêndoas, nozes), sementes (chia, linhaça), peixes ricos em ómega-3 (salmão, sardinha)
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Evite gorduras trans e saturadas, presentes em alimentos mais processados, fritos e fast food, que aumentam o risco de doenças cardiovasculares
5. Varie os temperos e ervas
Prefira temperos naturais em vez de molhos prontos, geralmente ricos em sódio e aditivos.
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Exemplos benéficos: curcuma (anti-inflamatória), gengibre (melhora a digestão), alho (antioxidante), manjericão e orégãos (com ação antioxidante e anti-inflamatória)
Dicas práticas para facilitar a diversidade alimentar
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Planeie as refeições semanalmente, criando uma ementa que varie os tipos de proteínas, vegetais, grãos e frutas
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Experimente novos alimentos sempre que possível
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Cozinhe mais em casa, garantindo mais controlo sobre os ingredientes e evitando alimentos ultraprocessados
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Torne o prato colorido, pois quanto mais cores, maior a probabilidade de incluir nutrientes distintos