A Primeira Papa do Bebé
A chegada de um filho, de uma forma geral, é a realização de um desejo/sonho. É natural existir uma grande transformação dos pais, essa nova fase traz alegrias, dúvidas, medos, incertezas, e uma grande responsabilidade. Uma das melhores formas de se preparar para o “desconhecido” é estar informado, procurar apoio quando sentir que assim é necessário, através de um acompanhamento regular ao pediatra, técnicos de saúde (enfermeiro, psicólogo, nutricionista), em livros, na partilha de experiências com outros pais, família ou amigos.
Ao longo deste processo, é natural que os pais se sintam ansiosos, principalmente aqueles que estão a viver essa experiência pela primeira vez.
A introdução de alimentos em forma pastosa ou sólida, tradicionalmente chamada de “primeira papa”, é um momento em que a ansiedade pode aparecer de forma mais vincada, porque existem medos inerentes, como o engasgamento, a rejeição ou a possibilidade de reações alérgicas. É um processo gradual e é importante que não sinta pressão em fazer tudo de uma só vez.
Posto isto, seguem algumas dicas que podem ajudar a regular a ansiedade nesse momento específico:
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A busca de informação, como já foi referido anteriormente, é fundamental que seja de uma fonte fidedigna, para tornar esse momento mais leve, seguro e até prazeroso, tanto para os pais como para o bebé.
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Escolher um momento em que o bebé esteja calmo e com fome, para que esteja mais recetivo, e estar preparada/o para uma reação variada do bebé, pois pode levar algum tempo a adaptar-se à textura ou ao sabor.
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Estar atenta/o aos sinais de alergias alimentares ou desconforto após a introdução de novos alimentos (consulte o pediatra se notar alguma reação adversa).
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Tente ficar calma/o e relaxada/o durante o processo, porque os bebés sentem a ansiedade dos pais, o que pode comprometer a disposição para comer.
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Paciência e persistência são muito importantes neste processo, lembre-se que cada bebé é único e tem o seu próprio ritmo.
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Em caso de dúvida, não hesite em contactar o pediatra para obter uma orientação mais específica para o seu bebé.
É importante reforçar a ideia de que não está sozinha/o, e que em qualquer momento pode pedir ajuda (médica ou psicológica) para tornar o processo mais leve e tranquilo, sem nunca pôr em causa o papel dos pais.