Uma Dor Lancinante
Procurei a Clínica de Psicologia Plus Health numa fase muito dura da minha vida. Fui cuidadora principal dos meus pais, há cerca de oito anos. A minha mãe tinha demência, mas era o meu sol. O meu pai, em 2019, fez uma septicemia e começou a fazer sessões de hemodiálise, com todos os problemas de saúde física e emocionais que daí começaram a decorrer. Eu, que contava com o apoio do meu marido e com a ajuda possível dos meus irmãos, não aguentei tanta pressão e fui diagnosticada com Burnout. Apesar de estar acompanhada pela Psiquiatria, tive de deixar o meu trabalho.
Foi uma escolha muito difícil, pois adoro e adorava ser jornalista. Mas, deixar os meus pais entregues a eles próprios era carta fora do baralho, pelo que considerei que aquele era um mal menor.
A minha dor adensou-se há cerca de um ano, quando perdi a minha Mãe. Apesar da sua condição – eu dizia que era mais lúcida que todos nós - era o nosso farol. Deixá-la ir foi tão, mas tão duro, a dor foi (e é) tão lancinante que só havia uma solução. Procurar ajuda fora dos meus amigos, até porque esses não gostam de estar com pessoas sofridas. Lembrei-me, então, que a psicologia poderia ser a solução. E foi. E está a ser. A Clínica de Psicologia Plus Health surgiu na minha vida como uma tábua de salvação.
Passaram vários nomes enquanto pesquisava na internet, mas foi esta a minha escolha, indiscriminadamente, sem que alguém me tivesse dado referências. E sou grata todos os dias às pessoas que estão nos bastidores, sempre prontas a ajudar-nos, e ao grande profissional Dr. Pedro Sol. Sem ele, provavelmente não estaria aqui hoje.
No dia 3 de agosto perdi o meu Pai. O meu melhor amigo, o responsável por ter escolhido a profissão de jornalista, o meu grande apoio desde criança. Chamo-lhe o meu pai Amor e ele chamava-me de sua filha Amor. Foi mais um golpe que não esperava. Mais uma vez tinha o Dr. Pedro Sol ao meu lado, que, em conjunto com o meu marido, fizeram milagres. A dor é maior ainda, se é que se pode medir a dor. Apetece arrancar o coração do peito para deixar de doer, percebem? É como se perdêssemos uma parte de nós que nos faz muita falta.
Mas, tentei reerguer-me e olhar em frente, como os meus pais sempre me ensinaram. Ser resiliente, mesmo com o coração a sangrar. Oferecem-me um emprego e não hesitei. Não sou jornalista, não sou assistente social, outra área da minha formação, mas estou a trabalhar com deficientes, pessoas que precisam de mim e eu deles. É um trabalho duro, já me fui abaixo algumas vezes, mas é uma forma de estar ocupada e de apoiar quem precisa de mim. E, aquelas pessoas com quem trabalho, sentem a minha dor. Acariciam-me. Dão-me colo. Sentem a minha falta.
Alonguei-me, talvez, neste texto, mas conseguir escrevê-lo faz também parte da terapia com o Dr. Pedro Sol. Antes, não me saía uma linha. Hoje, depois de já conseguir ver em mim aspetos positivos, já fui capaz de escrever este texto. Estou muito feliz. Obrigada aos grandes profissionais da Clínica de Psicologia Plus Health.